A taxa anual de desmatamento da Amazônia Legal para o período entre agosto de 2017 e julho de 2018 foi de 7, 5 mil km² de corte raso, número 8,5% maior do que o registrado nos 12 meses anteriores. Para comparação sobre o tamanho que isso representa, vale mencionar que o Distrito Federal, por exemplo, tem quase 5,7 mil km² de extensão. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) na última semana. Em relação ao ano de 2014, quando governo federal lançou o Plano para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia (PPCDAm), a medição revela que houve redução do desmatamento na ordem de 73%.
Nessa terça-feira (2), depois de a França anunciar que pode não confirmar a participação no acordo entre Mercosul e União Europeia se o Brasil não se comprometer com questões ambientais, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, declarou, durante coletiva de imprensa, que isso não é um impasse. O chanceler brasileiro argumentou que a questão ambiental já está prevista como requisito para o acordo entre os dois blocos e que esse tipo de declaração é voltado para os franceses.
Araújo ainda mencionou que alguns países-membros da União Europeia também têm problemas a serem resolvidos. “Muitos países europeus têm o uso de agrotóxicos por hectare maior do que o do Brasil, então é tipo de preocupação que nós também temos, que isso seja feito de maneira ambientalmente sustentável, vale lembrar que o grande tema de sanidade agropecuária surgiu na Europa, que é o tema da vaca-louca, esse tema não tem simplesmente uma mão só, tem duas mãos”, rebateu o ministro brasileiro.
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