A eleição para o Governo do Maranhão, este ano, será marcada pela tentativa de velhas oligarquias políticas do Estado tentarem retomar o poder.

 

Planejando um quinto mandato ao Palácio dos Leões, Roseana Sarney (MDB) deve polarizar a disputa com o atual governador Flávio Dino (PCdoB), favorito à reeleição. Aos 88 anos o oligarca e ex-presidente José Sarney (MDB) está empenhado na campanha da filha.

Roseana tem 65 anos e é socióloga. No passado, foi deputada federal entre 1991 e 1994 e senadora de 2003 a 2009.

Outra concorrente da política oligárquica maranhense é Maura Jorge (PSL), escalada pela família Sarney para tentar forçar um segundo turno na eleição. Filiada ao partido de Bolsonaro, Maura é formada em Direito e está na política há 27 anos. Ela já foi eleita deputada estadual quatro vezes e prefeita duas vezes do município de Lago da Pedra, cidade controlada por sua família há mais de quatro décadas.

Filha da mais longeva oligarquia municipal do Maranhão, Maura não contará nem com o apoio do prefeito da cidade, o cantor Laércio Arruda, que ela própria ajudou a eleger em 2016. Estrategistas da campanha dela acreditam que Maura pode surfar na onda Bolsonaro e puxar para si votos do candidato no Estado.

O tucano e empresário Roberto Rocha é outro que tenta se apresentar como o novo nestas eleições. Eleito para o Senado em 2014 na esteira dos votos de Flávio Dino, Rocha rompeu com o comunista passando do dia para a noite a fazer oposição ao governo. Filho de Luiz Rocha, ex-governador do Maranhão, Roberto já foi deputado estadual, três vezes deputado federal e hoje está como senador.

Em novembro de 2015 votou contra prisão do senador Delcídio do Amaral, líder do governo Dilma no Senado, acusado de tentar obstruir investigações da Operação Lava-Jato. Além disso, em julho de 2017 votou contra a cassação do senador Aécio Neves (PSDB) no Conselho de Ética do Senado.

Do Marrapá