Enquanto na Câmara a tendência das forças majoritárias, incluídos aí o centrão e o “supercentrão”, comandados pelo deputado Athur Lira (PP-AL), é tentar manter o acordo costurado antes do Carnaval, que deixa R$ 19 bilhões no Legislativo e retorna R$ 11 bilhões ao Executivo, no Senado a um clima mais favorável à manutenção do veto presidencial. Se mantidas as objeções do presidente ao texto, o R$ 30 bilhões voltam ao comando do Planalto.
No Senado, Bolsonaro conta com um apoio mais amplo, que não envolve apenas sua base aliada. Um dos contrários a aumentar o poder do Legislativo na destinação de emendas é o líder da oposição, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Pelas contas dele, 25 senadores querem manter o veto de Bolsonaro, mas o número tem subido desde o fim da tarde de segunda-feira. Para manter o veto, são necessários os votos de 41 senadores.
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“Tem três vetos antes de chegar no veto da LDO [Lei de Diretrizes Orçamentárias]. Faremos obstrução até chegar neste veto. Nossa estratégia será a obstrução.”, disse Randolfe ao Congresso em Foco sobre a sessão marcada para terça-feira (3).
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Outro que não concorda com o orçamento impositivo é o líder do PSL, senador Major Olímpio (SP). “Não dá para ter certeza, mas vejo que pode até ser cancelada a reunião de amanhã porque tem muita gente indecisa e Davi e Maia não querem perder”.
Renan Calheiros também se manifestou favoravelmente à tese governista.
Apesar das divergências com o governo de @jairbolsonaro, votarei por manter o #Veto52. Sem planejamento ou organicidade, carece de lógica a terceirização para o relator. O orçamento impositivo, lá atrás, foi um avanço. Mas isso que se discute é bem diferente e temerário.
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