Pesquisadores do Museu de Paleontologia Pedro Candolo, da cidade de Uchoa, a 500 quilômetros de São Paulo, comemoram o registro de uma nova espécie de dinossauro que viveu há 80 milhões de anos: o Thanos simonattoi, que tinha cerca de cinco metros de comprimento e disputava com os megaraptores o topo da cadeia alimentar.
Ellen Lima
Colaboração para o UOL, de São José do Rio Preto (SP)
A espécie foi descrita pelos paleontólogos Fabiano Iori e Rafael Delcourt, que analisaram fósseis de sítios arqueológicos de Ibirá e Uchoa, cidades próximas a São José do Rio Preto. O animal pertencia à família dos abelissaurídeo, caracterizados como animais carnívoros e bípedes.
Veja também:
-
Dos Pampas à Amazônia, Brasil teve mais de 27 espécies de dinossauro
-
A cidade brasileira no centro de uma cratera de asteroide
“Trata-se do primeiro dinossauro formalmente descrito do período cretáceo. Estava entre os principais predadores da América do Sul”, disse Delcourt, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
Desde a década de 1960, sabe-se que há fósseis na área. Pesquisadores da cidade de Uchoa e professores de diversas universidades se dedicaram, nas últimas décadas, a coletar material.
Em 1994, a equipe do Museu de Paleontologia de Monte Alto começou a busca por fósseis e teve apoio do sitiante Sérgio Luis Simonatto — homenageado no ‘batismo’ da nova espécie. Ele sabia onde havia restos de dinossauro na região e brincava dom dentes dos gigantes quando era criança. Ele se tornou um importante colaborador para a descoberta paleontológica.
Em 1995, foi encontrado parte do fóssil em uma parede rochosa, mas a vegetação abundante impedia a busca do restante do material.
