Ampliação da rede de saúde, ações de estímulo ao emprego e renda, situação da pandemia no Estado, proposições sobre a vacina e medidas para o primeiro trimestre de 2021. Estes foram alguns dos assuntos tratados pelo governador Flávio Dino, em coletiva, na manhã desta sexta-feira (18). O governador fez breve balanço da gestão e, sobre a vacina, afirmou que o Maranhão vai adquirir, caso especialistas confirmem eficácia. A coletiva foi transmitida por um pool de rádios e acompanhada por diversos de veículos de imprensa.
“Neste ano, tivemos intenso diálogo, prestação de contas e transparência no combate ao novo coronavírus. Meu reconhecimento a todos os profissionais de saúde, assim como aos servidores. O Maranhão foi o primeiro do país a liberar as atividades econômicas, em 25 de maio, para permitir a retomadas dos investimentos e gerar empregos. Se manteve o espírito de união e gratidão e só tenho a agradecer a todos”, pontuou Dino.
O governador iniciou a coletiva fazendo retrospecto do trabalho em 2020. Na saúde, citou novas unidades abertas, beneficiando cidades como Lago da Pedra, Santa Luzia do Paruá, Viana, Carolina, Paço do Lumiar, Godofredo Viana e a ampliação da rede de policlínicas com novas unidades em Santa Inês, Presidente Dutra e São Luís, entre outros, gerando mais 496 leitos permanentes. Com o programa Mais Cirurgias, 53.680 procedimentos eletivos foram realizados pela rede estadual.
Na educação, destacou esforços para manter as atividades de ensino. O trabalho resultou na permanência de 89,5% dos alunos em atividades não presenciais; 105.580 chips distribuídos para garantir internet no acompanhamento às aulas; 30 mil apostilas distribuídas; e 17 mil acessos registrados na plataforma Gonçalves Dias, para reforçar o aprendizado de milhares de estudantes maranhenses. “São ações que minimizam os danos causados pela pandemia”, destacou.
Na área social, destacou a distribuição de mais de 300 mil cestas básicas de alimentos, ação coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão. Na geração de emprego e renda, a criação do plano Celso Furtado, que já destinou R$ 429 milhões em ações; medidas na compra de produtos da economia familiar, em obras de infraestrutura, na recuperação de rodovias, asfaltamento de vias, entre outros. Foram geradas 18.820 vagas de trabalho, sendo o quarto maior crescimento do Brasil.
“O Maranhão está no quarto ano seguido de alta na geração de empregos formais. O saldo positivo revela estarmos no caminho certo, cuidando da vida, da saúde e do emprego”, pontuou Dino. O governador citou medidas de apoio ao setor empresarial – descontos em impostos, parcelamento de tributos, prorrogação de certidões negativas; e aprovação de auxilio emergencial para catadores maranhenses, no valor de R$ 400. “São trabalhadores em maior vulnerabilidade, que tiveram queda na sua atividade, por conta do coronavírus, e de forma pioneira implantamos essa medida”, disse.
Aos profissionais da saúde, destinou abono de R$ 350, a ser pago ainda em dezembro. Quem tiver dois vínculos com o Estado, receberá duplamente. O objetivo é reconhecer o trabalho desenvolvido neste período de pandemia. “Um prêmio de dimensões financeira, mas, sobretudo, afetiva. É mais uma forma que encontramos de agradecer. E agradeço muito aos profissionais de saúde do Maranhão”, enfatizou o governador Flávio Dino. Cerca de 25 mil profissionais serão beneficiados com a medida.
Cenário do coronavírus
Na situação atual da pandemia, o Maranhão se mantém na condição de estabilidade e com ocupação de leitos – clínicos e de UTI – abaixo de 30%. “O Maranhão é reconhecido nacionalmente como um dos Estados que melhor têm enfrentado a pandemia. Temos um dos melhores desempenhos do país, com menor letalidade. Menos mortes em relação aos casos ocorridos”, destacou o governador Flávio Dino. O governo está entre os quatro estados do país nessa condição, sendo os demais Minas Gerais, Bahia e Paraná.
Flávio Dino citou as campanhas contra a vacinação, que classificou como irresponsáveis. “Temos institutos sérios tratando deste tema, a exemplo do Butantã, que tem 120 anos de atuação. Se os especialistas em vacina nos disserem que pode ser aplicada, iremos à busca”, afirmou..
Secretário de Saúde Carlos Lula tirou dúvidas sobre a vacina contra o coronavírus (Reprodução)
Na ocasião, o secretário de Estado de Saúde (SES) Carlos Lula atualizou sobre o processo de vacina. “Ao longo das últimas semanas, o Governo Federal perdeu tempo. Vários países tentaram comprar várias vacinas e o Brasil apostou em uma só. Um erro, mas infelizmente postura adotada pelo Ministério da Saúde e que, agora, estamos tentando reverter”, explica. Carlos Lula pontuou que “todo o diálogo foi feito e, agora, dependemos única e exclusivamente do Ministério da Saúde”.
Se antecipando ao cenário, o Governo do Maranhão acionou o Superior Tribunal Federal (STF), que autorizou o Maranhão a comprar vacinas, caso o Plano Nacional de Imunização (PNI) seja descumprido pelo Governo Federal. Os recursos virão de orçamento do governo estadual, que já encaminha protocolos com o Butantã e outros institutos para a aquisição de vacinas. “Queremos, o quanto antes, garantir a imunização dos maranhenses”, informou o secretário Carlos Lula. A perspectiva para iniciar a vacinação é em janeiro.