Indicada a futura ministra da Agricultura no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, a deputada Tereza Cristina (DEM-MS) concedeu incentivos fiscais à empresa JBS na mesma época em que arrendou propriedade ao grupo. Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, a futura ministra ocupava a Secretaria estadual de Desenvolvimento Agrário e Produção de Mato Grosso do Sul ao mesmo tempo em que arrendava uma propriedade aos irmãos Joesley e Wesley Batista para criação de bois.
A defesa afirma que a deputada assinou contrato com a JBS apenas para renovar um contrato iniciado por sua mãe e que “não há impedimento legal ou moral”.
Os incentivos fiscais concedidos pelos governos do Mato Grosso do Sul é um dos temas da delação premiada da JBS com a Procuradoria-Geral da República (PGR). Segundo as investigações, os empresários pagaram R$ 150 milhões em propina entre 2003 e 2016, nos governos de André Puccinelli (MDB), Zeca do PT (PT) e Reinaldo Azambuja (PSDB). Tereza Cristina foi secretária estadual entre 2007 e 2014.
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