A Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão, em Alagoas e São Paulo, na casa de dois suspeitos de ameaçar ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e disseminar notícias falsas (fake news) sobre integrantes da corte. As ações foram determinadas por Alexandre de Moraes, que relata o inquérito aberto semana passada para apurar denúncias de ameaças, calúnias e ofensas contra ministros.
Os investigadores estão recolhendo computadores e aparelhos usados pelos suspeitos e excluindo suas contas nas redes sociais. A investigação corre em segredo de Justiça. Segundo a Folha de S. Paulo, a PF identificou um advogado de Maceió e um guarda civil metropolitano de Indaiatuba (SP) entre os autores dos ataques.
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O presidente do STF, Dias Toffoli, determinou a abertura do inquérito na última quinta-feira (14) durante sessão que julgava o destino das ações de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo caixa dois. A medida foi criticada pelo ministro Marco Aurélio Mello.
Toffoli não especificou a que ameaças e notícias falsas se referia, mas fez uma defesa enfática do Judiciário.”Não existe estado democrático de direito, não existe democracia sem Judiciário independente, sem imprensa livre”, disse o ministro antes de anunciar a abertura do inquérito criminal, que correrá sob sigilo e será relatado por Alexandre de Moraes.
“Este Supremo Tribunal Federal sempre atuou na defesa das liberdades e, em especial, da liberdade de imprensa livre. Não há democracia sem Judiciário independente, sem uma suprema corte que é a que mais produz e atua no mundo. Não há suprema corte no mundo que delibere tanto como a nossa, que seja tão acionada e demandada como a nossa”, afirmou. “Julgamos mais de 50 mil processos por ano”, ressaltou.