Filiado à Rede, o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, admite a possibilidade de ser candidato a vice na chapa encabeçada por Marina Silva (Rede) à Presidência da República. Em entrevista ao Globo, Bandeira de Mello diz que aceitará qualquer missão que Marina lhe designar. O nome dele é defendido para o posto pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e ganha força com a dificuldade da Rede em conseguir alianças para a disputa presidencial.
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“Agradeço ao Randolfe, mas vou ajudar como a Marina preferir. Não acho o mais provável (ser vice), porque a vaga pode ficar para um partido aliado, mas estou à disposição para qualquer missão, até mesmo para não sair candidato e só ajudar na campanha”, diz o dirigente rubro-negro, cotado para concorrer a deputado federal.
Assim como Marina, Bandeira de Mello mescla, em seu discurso, a preocupação com questões sociais e a defesa de posições mais liberais na economia. “Tenho preocupação com a questão social, com questões ligadas a direitos humanos e ao meio ambiente. E não nego a força das leis do mercado. Não sou favorável a Estado mínimo absoluto, mas a ação do Estado não necessariamente se dá através da posse das ações ordinárias. A iniciativa privada é fundamental, e o Estado estabelece as regras do jogo”, considera. “E reforma da previdência não é questão ideológica, é matemática”, acrescenta.
O presidente do Flamengo conta que já votou no PT e no PSDB, em Lula e Fernando Henrique Cardoso para presidente. “Votei no Fernando Henrique nas duas vezes. Votei no Lula no 2º turno em 1989, e outras vezes no PT, porque desde sempre votei no Gabeira. E votei na Marina nas últimas.” Bandeira de Mello se conheceram quando ele chefiava a área de meio ambiente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). É nessa área que ele tem colaborado com sugestões para o programa de governo da ex-senadora.
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