Em meio a uma sessão longuíssima na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a base governista viu exposta, mais uma vez, sua fragilidade e desarticulação. Agora, contudo, as evidências ultrapassaram as barreiras dos bastidores e tomaram corpo em críticas públicas. “Estranho”, “lamentável”, “amadorismo” e ironias da oposição de que não é mais preciso fazer seu trabalho, porque o governo faz isso por si só. Essas e outras considerações deram o tom desta segunda-feira (15).
Por Congresso em Foco
A condução do colegiado pelo novato Felipe Francischini (PSL-PR) tem sido reprovada pelo governo, avaliação que atingiu o ápice na sessão da CCJ desta segunda, quando ele indicou a deputada petista Maria do Rosário (RS) para ler a ata da sessão anterior – uma manobra da oposição para alongar a reunião e evitar a análise da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência.
O líder do governo na Casa, Major Vitor Hugo (GO), admitiu “achar estranha” a decisão de Francischini de colocar justamente Maria do Rosário para fazer a leitura da ata. De forma pausada, ela gastou cerca de 20 minutos apenas com isso. “Achei estranha a decisão, me surpreendeu. Mas ele vai esclarecer a escolha”, disse o deputado ao Congresso em Foco.
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