Em 1883, Rita entrou com uma ação na Justiça da Imperial Cidade de São Paulo contra o Tenente Julio Nunes Ramalho. Poderia ser mais um processo qualquer, não fosse um fato notável: Rita não era considerada cidadã pela lei brasileira. Era escrava. Já o Tenente Ramalho era seu proprietário. O objeto do caso era o interesse de Rita de comprar sua liberdade.
De Rita, a Justiça sabia pouco. Não tinha sobrenome, nem idade certa – “38 anos aproximadamente”. As informações eram apenas que tinha aptidão para o trabalho e era cozinheira, escravizada por Ramalho.